domingo, 30 de maio de 2010

O Ilê Axé Oxalá Talabi é vítima da Intolerância

Conselho Tutelar de Paulista (PE) se apresentou com a polícia na porta do Ilê para averiguar denúncia de Ritual de Magia Negra e Crime de Cárcere Privado.

O Ilê Axé Oxalá Talabi dirigido pela Ialorixá Mãe Dada de Oxalá foi vítima de intolerância religiosa durante o mês de maio, o Conselho Tutelar da cidade do Paulista representado pelos conselheiros(as) Mércia Baracho, Renilda Vasconcelos, Joselma Nascimento e Tony Cleiton compareceram no Terreiro acompanhados(as) da força policial do estado de Pernambuco. Nas visitas as conselheiras interrogaram Mãe Dada e a acusaram de cárcere privado, além de ameaçarem a Mãe da menina que realizava o ritual de Bori de perder sua guarda. Relataremos aqui em nosso Blog todo o acontecido e por motivo de respeito a menina de 8 anos, filha de santo do terreiro preservaremos seu nome. No dia 04 de Maio de 2010 a menina foi recolhida para o Ritual de Bori, procedimento determinado pelos Orixás através de consulta ao Ifá (jogo de búzios) realizado pela Ialorixá Mãe Dada de Oxalá, a menina fora aconselhada a fazer o ritual por motivos de saúde e deveria ser iniciada no Axé por determinação de Oxalá. Sua Mãe biológica Lucineide exerce sua fé na religião Candomblé e é filha do Terreiro, com sua permissão e a do pai todo o procedimento ritualístico foi realizado, correndo o mesmo segundo Mãe Dada com toda normalidade e nos preceitos Nagô, a obrigação foi aceita pelo Orí e tudo correu bem. No dia 05 de Maio de 2010, um dia após a realização do Bori, o Conselho Municipal da Cidade do Paulista representado pelas conselheiras Mércia Baracho e Renilda Vasconselos e acompanhado da Polícia Militar do Estado de Pernambuco compareceram ao Terreiro para averiguar a denúncia de que o mesmo realizara rituais de Magia Negra com uma criança. Mãe Dada no entanto contestou o fato e convidou as conselheiras para entrar no Terreiro e verificar com seus próprios olhos que não havia nada fora do comum com a menina, e explicou porque o ritual foi realizado, além de explicar a importância do mesmo para o povo de Terreiro. Mãe Dada constrangida e indignada permitiu que a conselheira Mércia Baracho entrasse no Peji (quarto sagrado dos orixás) para ver que a menina estava bem. A mãe da menina foi solicitada a comparecer no terreiro e deslocou-se do seu trabalho até o mesmo e apresentou a autorização por escrito para que a menina participasse do ritual religioso. Neste momento, a conselheira disse que a menina não poderia permanecer tantos dias assim no local e que isso não ficaria bem dessa forma. Cabe destacar que as conselheiras não apresentaram nenhum documento formal/escrito para realizar a visita ao Terreiro, o que é caracterizado como invasão e também não deram nenhum tipo de identificação das denúncias recebidas. Pertubada com as pressões das conselheiras, Mãe Dada buscou acessoria jurídica ao Observatório Negro de Pernambuco, que enviou uma advogada para lhe auxiliar. No dia 06 de maio de 2010, a mãe da menina autenticou todas as autorizações no cartório da cidade, já que a conselheira tinha ameaçado a mesma de perder a guarda de sua filha se a menina permanecesse no terreiro. Cabe destacar que neste momento todo o prosseguimento normal do ritual religioso foi prejudicado pela intervenção violenta do conselho e da força policial, além de Mãe Dada e toda a comunidade do terreiro sentirem-se feridos e ofendidos em seus princípios religiosos. A advogada acionou o Ministério Público e Mãe Dada foi escutada. No dia 07 de maio de 2010, o Conselho Tutelar retornou ao terreiro com auxílio da força policial, para averiguar nova denúncia, esta mencionando o crime de cárcere privado. A filha de santo do Axé e psicóloga Adriana de Holanda, conversou com a conselheira Mércia Baracho, que afirmou que “a promotora não aceitaria uma situação dessa, com a menina perdendo tantos dias de aula e que ela teria que sair dali naquele dia”. Adriana pediu que fossem apresentados documentos com a decisão do Ministério Público por escrito. O que não foi apresentado. Vários irmãos do terreiro questionaram a nova “visita” do Conselho Tutelar de Paulista já que as mesmas conselheiras já haviam constatado que a menina estava bem e com a autorização da família. A conselheira Mércia chegou a querer conduzir Mãe Dada para o Fórum, falando “Tenho que cumprir o meu trabalho. Pegue suas coisas e a menina para fazermos uma conversa imediatamente com a promotora. Aí fica tudo esclarecido", e a mesma ligou para o advogado da Prefeitura de Paulista para que ele explicasse porque a menina não poderia permanecer no terreiro. A Iakekerê do terreiro Luciany Barbosa falou com o advogado por telefone, o mesmo disse que entendia destes rituais " sei que vão raspar a cabeça da menina e vão retalhar ela, eu sei o que é um bori e posso até lhe dar uma aula sobre isto, destes rituais eu conhesso". No mesmo dia a conselheira Joselma Nascimento adentrou no Pejí o local mais sagrado do terreiro para interrogar a menina sem autorização de Mãe Dada e sem trajes adequados para o mesmo, inclusive usando sapatos. No mesmo dia, Mãe Dada e a mãe da menina registraram na delegacia as ameaças, constrangimentos e impedimento do ritual religioso realizados pelo Conselho Tutelar da Cidade do Paulista. No mesmo momento, as conselheiras se dirigiram a Juíza da infância da cidade para relatar os fatos. Na noite do dia 07 de maio de 2010, as conselheiras retornam ao terreiro de Mãe Dada para lhe “pedir desculpas” e enviar um recado da juíza, de que o “fato que houve ali foi um erro e que ela admirava a religião de Mãe Dada”. No dia 08 de maio de 2010, Mãe Dada foi levada até a Unidade de Pronto Atendimento - UPA da cidade de Paulista para receber atendimento médico devido aos aborrecimentos provocados pela situação descrita, que alterou o seu estado de saúde. Na semana seguinte aos fatos descritos, a conselheira Renilda Vasconselos foi até a residência de Mãe Dada, mas Mãe Dada não estava em casa, segundo a mesma gotaria de propor para a mãe da menina e a Mãe Dada “um negócio que seria bom para todos”. Insatisfeita, a conselheira dirigiu-se até a casa da menina e utilizou o nome do terreiro para entrar na residência, como a mãe da menina estava no trabalho e quem estava em casa no momento da visita era seu pai, a conselheira falou que era da casa de Mãe Dada para o pai permitir a sua entrada, a conselheira entrou na casa e foi direto para o quarto da menina, quando a irmã da menina a viu falou ao pai que aquela era a conselheira. No último dia 29 de Maio de 2010 a conselheira Renilda retornou a residência de Mãe Dada para conversar sobre o acontecido, quem a recebeu foi sua filha e Iakekerê Luciany Barbosa.

É importante destacar que no terreiro, há vários projetos sócio-culturais com as crianças da cidade e que trabalha justamente na desmistificação do terreiro como local impróprio da convivência social. Na semana dos fatos descritos acima, nenhuma criança compareceu as atividades. Aqui em nosso blog divulgamos sempre o movimento cultural do nosso Terreiro.

Para nós neste caso um dos fatores inadimicíveis foi o desrespeito com a pessoa da nossa Ialorixá Mãe Dada de Oxalá e o desrespeito com o nosso terreiro, Mãe Dada já recebeu importantes títulos do Ministério da Cultura no âmbito da cultura e da religiosidade, em 2008 foi contemplada com o título de Mestra da Tradição Oral pelo trabalho espiritual e de transmissão dos saberes de utilização das ervas que desenvolve em seu terreiro e em 2009 recebeu o título de Tuxáua, articuladora de redes sociais, realmente é um desrespeito e uma tentativa de denegrir a imagem de uma representante das religiões de Matrizes Africanas tão importante para nossa religião.

Contamos com o apoio de todos irmãos de fé, sabemos que essa luta não é fácil, mas continuamos em frente em defesa da liberade religiosa que é assegurada por lei. Por fim gostaríamos de agradecer a todos que vem nos apoiando.

OBS: TODOS OS DIREITOS RESERVADOS o texto acima é exclusivamente do Ilê Axé Oxalá Talabi, ficando proibida assim sua reprodução, divulgação e utilização para qualquer fins sem prévia autorização.

13 comentários:

Anônimo disse...

Que absurdo um orgão público que deveria tratar da integridade das crianças e zelar pelos seus direitos segundo o estatuto eca. Mãe dada não deixe isso as moscas, é um absurdo, um absurdo, estas pessoas não podem exercer cargos de concelheiros. Que a justiça seja feita e que todo o constrangimento e danos do terreiro e da senhora seja cobrado.

Infelizmente isto é comum no Brasil, até quando???

Como está Mãe Dada???
Gostaria de saber de sua integridade fisica!!
Espero que esteja bem!!!

Bença a todos!
Valeria Carto

Vitório Cavalcante disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Querida Mãe Dada, Irmãos e Irmãs do Ilê Axé Oxalá Talabi
Peço que me abençoe e que recebam a solidariedade da Rede das Mulheres de Pernambuco!
Confiamos que o Ministério Público de Pernambuco possa reparar essa violenta violação de direitos da jovem menina Oborizada, de seus pais biológicos e da Comunidade Oxalá Talabi. Nós nos sentimos igualmente atingidas por esse abuso de poder. Que Oxalá devolva a saúde de Mãe Dada, que é para todas nós querida e respeitada.
Kossi Obá Kan
Afin Olorum, Axé

Vera Baroni
Iyabassé do Ilê Obá Aganjú - Terreiro de Mãe Amara

Vitório Cavalcante disse...

Infelizmente alguns problemas sociais como a falta de educação básica ,má distribuição de renda e outros que são consequências desses como a ignorância de pessoas que desconhecem a cultura brasileira e suas heranças religiosas a ponto faltar com o respeito a uma Yalorixá(Mãe de Santo) , representante muito importante de uma religião ,multiplicadora cultural de um Ilê onde fazem trabalhos importatíssimos com a comunidade ,projetos educativos, distribuição de cestas básicas e dedicação integral ao bem estar de um povo.
Como pode ser que admitem funcionários despreparados e sem cultura para cargos importantes de uma sociedade como um conselho tutelar? Essa falta de preparo resulta em "Intolerância Religiosa".Foi isso que aconteceu no Ilê Axé Oxalá Talabi .
É uma pena que notícias como essas cheguem do outro lado do oceano ,isso tem que mudar não pode continuar assim.
Vitório Cavalcante (Cartes-Cantabria-España)

Alexandre L'Omi L'Odò disse...

Cara Mãe Dada de Oxalá, o Orixá que rege a dignidade em nossa religião, a divindade responsável pela multiplicação dos Orixás no Ayié, saudações de nosso Quilombo Cultural Malunguinho.

Após ler sua denúncia aqui no blog, fiquei muito decepcionado com a ação do Conselho Tutelar do Paulista, que deveria servir para intervir em situações onde as crianças e adolescentes sofressem agreções e fossem vítmas de crimes e, não em uma situação onde a criança, filha de iniciados aos Orixás, estivesse em processo natural religioso de sua família, direito esse inegável à qualquer pessoa.

O que pude perceber foi que houve um processo de racismo/intolerância religiosa, préconceito religioso e desrespeito ao direito de liberdade religiosa da menina e de sua família. Percebe-se também que uma imagem diabolizada e criminosa foi atribuída a esta situação, deixando mais grave ainda a questão do crime cometido pelo Conselho Tutelar do Paulista ao Terreiro de Mãe Dada, a própria sacerdotisa e a família, em especial a criança, que ao vivenciar este processo pode iniciar uma situação patológica confusa psicológica por causa da desarmonia de energia ocorrida com a invasão violenta destes conselheiros ao local sagrado do culto de matriz afro indígena, onde localisava-se a criança.

Considero este ato como uma mostra verdadeira de que os direitos do povo de terreiro ainda não estão garantidos em âmbito algum de nossa sociedade.

Seria bom averiguar se estes invasores são evangélicos, pois me parece uma destas ações armadas para desmoralizar e destruir o povo de terreiro, política explícita das igejas evangélicas em geral.

Conte com nossa solidariedade e força neste processo. Somos Malungos de luta e fé.

"Malunguinho tá de ronda, quem mandou foi Jucá, Malunguinho tá de ronda que a Jurema manda"!

Muita Fumaça!

Alexandre L'Omi L'Odò.
Coordenador geral do Quilombo Cultural Malunguinho.

Caetano Ruas disse...

Querida mãe Dada, peço sua benção e de todos orixás para expor a minha indignação e evocar a justiça:

Querida mãe, assim como o seu ilê foi ofendido pelo estado brasileiro estamos acompanhando por todo o país tristes episódios de truculência contra a cidadania de nosso povo, contra a nossa constituição federal e contra os direitos básicos da pessoa humana. Temos que exigir que se responsabilizem e punam estes gestores despreparados para o exercício do poder.

Este ato de violência contra a sua cultura e a sua religião fére de forma explícita a Constituição da República e o estatuto dos Direitos Humanos como seguem destacados abaixo :

Artigo 5º da Constituição: "VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;" http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm

Artigo 18 da Declaação Universal dos Direitos Humano:"Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em particular."
http://www.onu-brasil.org.br/documentos_direitoshumanos.php

Mãe Dada, estamos juntos e firmes no axé da justiça!
Vamos fazer valer, conte comigo!

Um abraço todo carinhoso!

Caetano Ruas

Livia Figueira / RJ disse...

Mãe Dada e todos da familia do Axé Oxalá Talabi, nós aqui de Niterói-Rio de Janeiro ficamos chocados com o crime cometido pelo conselho tutelar do paulista, infelizmente isso é um fato em todo o brasil. Gostaria de registrar aqui minha indignação. Que isso não fique por nada e que o ministerio publico aplique todas as punições cabiveis a este caso.

Sua Benção e muita sorte.
Que nosso pai Oxalá lhe der saúde em dobro sempre sempre sempre para podermos receber seus conhecimentos.

Um Beijo.

Unknown disse...

Mãe Dada, somos solidários a senhora, diante da situação descrita de preconceito religioso que sofreu. Sabemos da idoniedade da instituição religiosa e cultural, e conceituamos como absurdo a prática errada dos membros do Conselho Tutelar de Paulista, que demonstraram não ter conhecimento algum da legislação brasileira. Afinal, o Brasil é um país laico.

Abraços!

Detinha e Amanda

Paula - Janga/Paulista disse...

Um absurdo Mãe Dada isso que aconteceu com a senhora e com seu Axé, a senhora não pode deixar que esse se torne mais um caso, vá em frente e lute pelo seus direitos.
Como pessoas assim podem exercer o cargo de conselheiras se não conhecem a Constituição Federal Brasileira e muito menos o Estatuto da Criança e do Adolescente. Como pode a prefeitura de Paulista colocar esse tipo de pessoa num emprego público??? Isso está parecendo politicagem partidária ou disputa de poder entre eles do órgão. E amanhã dia 06/06 vai ter eleição para conselheiros daqui de Paulista... e o povo escolhe pessoas despreparadas para execer um cargo tão importante. Nós também precisamos agir e mudar isso.

que seja feita a justiça!!!!!

Ricard disse...

Olá a todos,
meu nome é Ricard e sou de Barcelona. Desculpen pelo meu mau português...
Embora eu não conheça bem os detalhes deste caso, gostaria de dizer algo sobre a minha experiência no terreiro. Há seis anos, durante uma viagem no Brasil, Mãe Dada me convidou a sua casa, me mostrou o terreiro e me apresentou as pessoas que o freqüentavam. Para mim foi uma experiência maravilhosa que eu sempre levo na minha memória, e só tenho palavras de agradecimento para ela e sua família pelo carinho com que fui tratado. Mas o que me parece mais importante expressar neste blog é que no tempo que eu passei lá só vi coisas positivas, boa vontade de todos e um sincero espírito de ajuda e solidariedade, de modo que me parece impossível que nesse terreiro possa acontecer qualquer coisa sob suspeita. É certo que eu fiquei apenas dez dias con Mãe Dada, mas acho que foi suficiente para ver que nada de mau ou prejudicial pode sair dela o de ninguém na casa.
Espero que toda esta questão foi resolvida e tudo tenha voltado ao normal... E um grande abraço para Mãe Dada!!
Obrigado a todos pela atenção,
saudações desde Espanha!

Paula Mendes disse...

Quando eu li esta postagem nem acreditei, tamanha barbaridade e falta de conhecimento das leis. O conselheiros são escohidos pelo voto do povo de sua região,são despreparados, não existe uma reciclagem e muitos acabam abusando do poder, é o que me parece ter acontecido no ilê de mãe dada. Este assunto levanta uma questão muito importante para revermos muita coisa aqui em pernambuco, esse pessoal tem que ser capacitado para esta trabalhando a frente do conselho tutelar. Infelizmente aconteceu este absurdo com esse terreiro que é referencia na cidade. A todos do terreiro boa sorte, a mãe dada que oxala lhe de saude em dobro e que a jutiça se faça perante a leis de xangô.
Meus cumprimentos a todos de axé.

Paula Mendes - Caruaru PE
Ilê Omi Oxum Opara

Luiz Satinácio disse...

Dedicada Yalorixá, okolofè Olorun! Olorun modupè! Olorun adidè!

Creio, estimada Metre de Ação Griô, Dadá de Oxalá que tal fato constituiu-se não apenas em ato de intolerância, de desrespeito para com o sagrado, de discriminação, de preconceito em seus vários aspectos e formas mas, também, de abuso de poder. Sobretudo, em um ato contra a dignidade da pessoa humana: da sua pessoa humana enquanto Ser, enquanto Mulher, enquanto Mãe, enquanto Sacerdotisa e Meste de Ação Griô; das pessoas que fazem e são o Ilê Axé Oxalá Talabi; da Jovem recolhida para dar cumprimento aqueilo que se determinou no Orun e a ela fora revelado pela Senhora mediante acurada leitura e interpretação dos oráculos de Ifá.
Quando a dignidade humana é violada devemos nos arvorar nos preceitos mais dignos propostos pela nossa Constituição e exigir ad litera literato o cumprimento da mesma.
O fato não deve ser preterido por um simples e formal pedido de desculpas. O fato deve acampar junto ao Ministério Público em suas esferas mais preponderantes, assim como à secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República; à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados; à Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.
A dignidade há de ser sempre emtendida como sagrada, quando se trata de defender a inviolabilidade da pessoa e de definir a intangibilidade de nossa dignidade enquanto seres humanos que somos.
Conte, caríssima Sacerdotisa, com a minha solidariedade, dos meus Vodunsis e Vodunos de minha Kwe.
Asè asè asè ó!

Pai Riba de Oxalá disse...

É muita falta de conhecimento das leis e dispreparo para exercer cargos importantes na sociedade. O que aconteceu com o ilê de oxalá foi realmente lamentavel. As pessoas tem que entender que acima de qualquer coisa devem respeitar os zeladores de orixás, mãe dada e uma zeladora e com meritos de seus trabalhos que através do espaço do seu terreiro trata de coisas importantes na comunidade. Seu trabalho cultural que podemos ver aqui pelo seu site é muito importante e nem isto pelo visto foi levado em conta. Na verdade foi um desrespeito humano, com sua pesoa, com o seu axé, com os seus ancestrais e com todos nos zeladores e adeptos da religião candomblé.
Fico eu lamentando estes acontecimentos, que nosso pai oxalá de coforto a todos.
Benção a todos!!!
Pai Riba de Oxalá
Salvador-Ba

Sua Benção!!!
Pai Riba de Oxalá
Salvador-Ba